sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Regresso

Olá amigo silencioso, voltei!

As tuas páginas em branco fizeram-me falta, mas enquanto os ouvidos que sentia amorosos e em sintonia te foram substituindo, fui-me escusando ao mergulho na essência.

Hoje fechou-se um ciclo, rompeu-se o pacto que se desejava eterno. Ilusão!

Como se as personalidades fossem eternas. Na dualidade tudo muda a cada instante. 

Ainda sinto apego, por isso esta dor no peito, tão forte. Este rasgar da dor de perda. Ilusão de novo. As Essências não se separam, só os egos se afastam. 
E ainda assim, como dói! 

Sinto a ausência da partilha, da sintonia, das longas conversas reveladoras. Sentidas. Iluminadas. É apego ainda.

Mas estou em paz, sei que vai deixar de doer. Já não vou precisar de esconder a cicatriz com capas perfeitas e ilusórias ou de cravar mais espinhos. A dor é só minha, de mim nada preciso de esconder. Aprendi a aceitar que dói, já sei libertar e deixar ir em Amor. 

Entreguei dedicação, respeito, apoio, partilha, presença, sintonia. Libertei as defesas e abri o coração à amizade fraterna, mas esperei receber na mesma dimensão. O equívoco foi a expectativa.

Estou de novo só comigo, regressei à Origem. É onde tenho de estar.

Estou mais forte, mais íntegra. Grata pelo que foi, feliz pelo que me trouxe. Em paz.

Começa um novo ciclo.

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